Nome técnico: Dengue (Qdenga - Takeda)
Via de administração: Subcutânea (SC)
Faixa etária: 4 a 60 anos de idade.
Esquema vacinal: 0 - 3 meses
PARA O QUE SERVE:
Protege contra os 4 tipos de dengue (sorotipos 1,2,3 e 4), nas formas clássica e hemorrágica.
REAÇÕES ADVERSAS:
Reações comuns: Sintomas de resfriado, diminuição do apetite, irritabilidade, sonolência, dor de cabeça, dor muscular, mal-estar, astenia, febre, dor/vermelhidão/inchaço/hematoma e coceira no local da aplicação.
Reações incomuns: tontura, diarréia, náusea, dor abdominal e vômito.
Tempo de início: primeiras 72 horas
Duração: em média até 3 dias.
PERGUNTAS FREQUENTES – DENGUE
Quem já tomou a vacina da Dengue (Dengvaxia) precisa fazer a Dengue (Qdenga)?
De acordo com a Dra Sabrina Sgambatti, médica infectologista, por enquanto não há consenso em relação a este questionamento. Estamos aguardando o posicionamento da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), mas alguns especialistas defendem que quem fez a vacina da Sanofi (Dengvaxia®) contra dengue, faça a da Takeda (Qdenga®), caso tenham se passado mais de 4 anos da última dose.
Quais as diferenças (ou semelhanças) entre as duas vacinas contra dengue disponíveis no mercado?
Quem já começou o esquema com a vacina da Dengue com a vacina da Sanofi (Dengvaxia®) pode continuar com a Dengue (Qdenga®)?
O ideal é dar continuidade com a mesma, já que não existe estudos de intercambialidade entre elas. A eficácia das duas vacinas para formas graves e hospitalização é praticamente a mesma (>90%), o que muda basicamente são os critérios de elegibilidade. Mas para os que queiram mudar de fabricante (intercambialidade), respeitar o intervalo mínimo de 30 dias da aplicação da vacina anterior, contanto que se comece um novo esquema para a nova vacina.
Imunodeprimidos poderão fazer?
Por ser composta de antígeno vivo atenuado, ainda não há estudos de segurança e eficácia da vacina Qdenga nesta população; portanto, por enquanto ela não é recomendada neste grupo de indivíduos.
E para os imunodeprimidos que não estejam em imunossupressão (ex. doença auto-imune controlada sem uso de imunossupressores//imunobiológicos, HIV com CV negativa e CD4 acima de
500, câncer em remissão, etc)?
Ainda não há estudos neste grupo de indivíduos; portanto, por enquanto ela não é recomendada.
Gestantes poderão fazer?
Por ser composta de antígeno vivo atenuado, ainda não há estudos de segurança e eficácia da vacina Qdenga neste grupo, portanto; por enquanto ela não é recomendada.
É preciso solicitar sorologia como condição para vacinar com Qdenga®?
Uma vez que os dados demonstraram segurança também em indivíduos soronegativos (aqueles que não tiveram dengue no passado), não há necessidade de comprovação de serostatus antes da vacinação.
Se eu tiver dengue, qual intervalo deve ser respeitado para a administração da Qdenga®?
Não existem dados de estudos sobre a administração da vacina após infecção por dengue. Entretanto, a infecção entre as doses não é contraindicação para manutenção do esquema. Seguindo recomendações do CDC, SBIm e experts, o esquema vacinal com a Qdenga® poderá ser iniciado após 30 dias da infecção, contanto que o paciente esteja recuperado e bem clinicamente; no entanto, o intervalo considerado ideal para melhor indução de resposta é entre 3 e 6 meses.
Será necessário dose de reforço?
Apesar da perda de eficácia que naturalmente ocorre com o passar dos anos, foi demonstrada manutenção de anticorpos protetores por aproximadamente 5 anos após a 2ª dose. No entanto, não há até o momento evidências que indiquem a necessidade de dose de reforço ao longo da vida.
É possível vacinar pessoas com mais de 60 anos?
Os estudos pré-licenciamento da vacina não incluíram indivíduos com mais de 60 anos, portanto, não há dados para esta faixa etária. O laboratório fabricante, contudo, já está avaliando a segurança e eficácia da vacina nessa população. Atualmente, a Agência Européia de Medicamentos (EMA) aprovou o uso de Qdenga® a partir de 4 anos, sem limite superior de idade, considerando os potenciais benefícios da vacina nessa população (idosa, com comorbidades), em geral mais suscetível às formas graves da doença. Sendo assim, a recomendação para indivíduos 60+ deve ser encarada como uma indicação “off label”, a critério médico, respaldada pela aprovação por outras agências regulatórias, mas sem dados que atestem a segurança e a eficácia.
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